( Para quem interesse este artigo, serve de prevenção para situações que podem ser evitadas a tempo. Vamos todos pensar que melhorias serão tomadas em relação à nossa LUZ; mas como diz o ditado: "mais vale prevenir do que remediar"...!)
Deparo-me com o meu 1º Verão (2006) com cortes de luz sucessivos e paro para pensar no que fará a juventude em férias.De certo que o mar é o “escape”.
Acredito que seja aprazível “reunir a malta” e rumar para “Quebra Canela”, disfrutar do sol de todos os dias para conseguir o bronze mais bonito e entrar no mar, com ondas de preferência e lavar a alma. Ainda se põe em dia a conversa sobre as diferenças com os pais, as chatices dos irmãos, sobre a música que está na “berra”, a escola e os cursos que se quer fazer. Falam sobre os países onde querem estudar. Parece-me que a maioria ainda prefere o Brasil, para ficar. Falam da moda, de festas, das férias que irão gozar...e claro aproveita-se para namoricar ao “soleil”. Melhor dizendo, já não se namora, o que está a dar é “curtição”. Mas, por outro lado fora do tempo de banho o que farão?
Quando há luz vão-se entretendo com a leitura, com a Internet e com os amigos. Quando não há luz, uns mais aplicados lêem à luz da vela já que os olhos sempre ajudam. Outros preferem apagar a vela e dormir até que se faça luz do dia ou eléctrica.
Dá que pensar, esta situação de corte de energia perante uma juventude irriquieta à espera das suas merecidas férias. Se por um lado é castrador, e lamentável por isso mesmo, as possibilidades de um Verão melhor que o anterior, também acredito que incute no espírito do jovem, mais disciplina, um maior sentido de cumprimento, derivado a horários que tendem a estabelecer-se, uma atitude mais responsável para com o que consome e tanto ele como a sociedade só têm a ganhar em matéria de qualidade. A nossa realidade me vem mostrando que há outra juventude que, não estudando, procura um emprego, e quando este não aparece, os desvios ao padrão social são mais frequentes. Sem luz, têm um ambiente propício para manifestações desordeiras. Já o era com luz, que dizer nestes tempos “escuros”.
A delinquência juvenil, a toxicodependência e o alcoolismo são com certeza problemas para que a segurança deve estar alerta e pronta para intervir no momento certo. Mas sabemos que em Cabo Verde uma das camadas mais populosas é a jovem, e o controlo da mesma é difícil. È este o nosso “calcanhar de Aquiles”, no que se refere aos jovens, pelo que tem que haver medidas políticas, a começar pelo emprego e o ensino no sentido de enquadrar esta “juventude perdida” que, de “férias” permanentes, semeia ociosidade e cria num meio sem luz, todos os cenários que incentivam distúrbios sociais. Não termino sem reforçar o apoio das associações juvenis para incentivar estes jovens na procura de um futuro “com luz”.
segunda-feira, 2 de julho de 2007
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1 comentário:
Este artigo tem um carácter pessimista, até informações outras de fonte segura.
Entretanto a questão,por mim levantada, tem um teor de prevenção e nada mais do que isso.A quem interessar,
Elsa Fontes
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