terça-feira, 3 de julho de 2007

JOVEM: IDENTIDADE E INTEGRAÇÃO

Torna-se difícil explicar o que é a juventude e o que significa ser jovem. Trata-se de algo mais do que um modo de “sentir”, agir e actuar em público nos vários sectores da sociedade. Atrevemo-nos a dizer que os jovens são a marca de referência nos diversos discursos públicos, institucionais, políticos, literários, nos meios de comunicação social, na publicidade, na moda, no consumo, etc., constituindo uma presença e um referencial habitual na actualidade.
A definição de “jovem” leva-nos a pensar numa fase de transição entre a infância e a capacidade de procriar e de inserção na vida activa.
Nesta fase, o jovem vai procurando a sua identidade, com normas comportamentais e atitudes próprias que muitas vezes inquietam os governantes, as famílias e a sociedade em geral, uma vez que os jovens colocam mais perguntas do que respostas. Vivem entre contradições, como as da paz e a intimidação, da solidariedade e da xenofobia, o emprego e a incerteza do desemprego, entre o progresso social e a deterioração das suas condições de vida, a pobreza e a riqueza, a unidade e a diversidade de culturas.
Há jovens que apelam à sociedade para que gere estratégias e políticas inovadoras e eficazes que toquem a sua condição. Esta, procura – com as suas limitações – condições que favoreçam o papel dos jovens em vários sectores da vida social e cultural, como o acesso ao ensino, ao trabalho e a melhoria de vida (saúde, habitação...).
Mas é neste estado de coisas que os jovens se inserem, problemas do presente (sem resposta) bloqueiam as suas vidas e conduzem muitos à indiferença e ao laxismo.
É a esta luz que devem ser interpretados fenómenos como as taxas de insucesso e abandono escolar, a proliferação das toxicodependências e, em alguns meios urbanos, dos comportamentos marginais organizados.
Urge que a juventude seja encarada pelo poder político como um segmento da sociedade em posição privilegiada para o combate por um Cabo Verde mais desenvolvido, com maior riqueza e com melhor distribuição da riqueza.
São reconhecidas algumas limitações, por exemplo, no sistema de ensino, e há que encontrar respostas diversas (e plurais) que forneçam aos jovens uma parte fundamental das aptidões necessárias a uma intervenção plena na sociedade dos nossos dias. Há ainda que encontrar respostas integradoras que constituam para muitos uma nova oportunidade de formação e de aquisição dos valores cívicos fundamentais.
É nossa opinião que um dos instrumentos de utilidade maior na continuidade do que se deseja passa ainda pelo associativismo juvenil. A associação é um espaço de participação activa em que se adquirem os valores da democracia e do trabalho em equipa, e é, simultaneamente, um importante local de educação não formal, em que se reflecte em conjunto e se aprende fazendo.
É notório que o sistema político em vigor em Cabo Verde conseguiu “criar gerações”. Gostaríamos que a nossa juventude estivesse atenta a este processo, ao cimentar um sentido de compromisso, de preocupação com a sua comunidade, com o seu município, com a sua nação.
Torna-se difícil explicar o que é a juventude e o que significa ser jovem. Trata-se de algo mais do que um modo de “sentir”, agir e actuar em público nos vários sectores da sociedade. Atrevemo-nos a dizer que os jovens são a marca de referência nos diversos discursos públicos, institucionais, políticos, literários, nos meios de comunicação social, na publicidade, na moda, no consumo, etc., constituindo uma presença e um referencial habitual na actualidade.
A definição de “jovem” leva-nos a pensar numa fase de transição entre a infância e a capacidade de procriar e de inserção na vida activa.
Nesta fase, o jovem vai procurando a sua identidade, com normas comportamentais e atitudes próprias que muitas vezes inquietam os governantes, as famílias e a sociedade em geral, uma vez que os jovens colocam mais perguntas do que respostas. Vivem entre contradições, como as da paz e a intimidação, da solidariedade e da xenofobia, o emprego e a incerteza do desemprego, entre o progresso social e a deterioração das suas condições de vida, a pobreza e a riqueza, a unidade e a diversidade de culturas.
Há jovens que apelam à sociedade para que gere estratégias e políticas inovadoras e eficazes que toquem a sua condição. Esta, procura – com as suas limitações – condições que favoreçam o papel dos jovens em vários sectores da vida social e cultural, como o acesso ao ensino, ao trabalho e a melhoria de vida (saúde, habitação...).
Mas é neste estado de coisas que os jovens se inserem, problemas do presente (sem resposta) bloqueiam as suas vidas e conduzem muitos à indiferença e ao laxismo.
É a esta luz que devem ser interpretados fenómenos como as taxas de insucesso e abandono escolar, a proliferação das toxicodependências e, em alguns meios urbanos, dos comportamentos marginais organizados.
Urge que a juventude seja encarada pelo poder político como um segmento da sociedade em posição privilegiada para o combate por um Cabo Verde mais desenvolvido, com maior riqueza e com melhor distribuição da riqueza.
São reconhecidas algumas limitações, por exemplo, no sistema de ensino, e há que encontrar respostas diversas (e plurais) que forneçam aos jovens uma parte fundamental das aptidões necessárias a uma intervenção plena na sociedade dos nossos dias. Há ainda que encontrar respostas integradoras que constituam para muitos uma nova oportunidade de formação e de aquisição dos valores cívicos fundamentais.
É nossa opinião que um dos instrumentos de utilidade maior na continuidade do que se deseja passa ainda pelo associativismo juvenil. A associação é um espaço de participação activa em que se adquirem os valores da democracia e do trabalho em equipa, e é, simultaneamente, um importante local de educação não formal, em que se reflecte em conjunto e se aprende fazendo.
É notório que o sistema político em vigor em Cabo Verde conseguiu “criar gerações”. Gostaríamos que a nossa juventude estivesse atenta a este processo, ao cimentar um sentido de compromisso, de preocupação com a sua comunidade, com o seu município, com a sua nação.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Férias sem Luz

( Para quem interesse este artigo, serve de prevenção para situações que podem ser evitadas a tempo. Vamos todos pensar que melhorias serão tomadas em relação à nossa LUZ; mas como diz o ditado: "mais vale prevenir do que remediar"...!)

Deparo-me com o meu 1º Verão (2006) com cortes de luz sucessivos e paro para pensar no que fará a juventude em férias.De certo que o mar é o “escape”.

Acredito que seja aprazível “reunir a malta” e rumar para “Quebra Canela”, disfrutar do sol de todos os dias para conseguir o bronze mais bonito e entrar no mar, com ondas de preferência e lavar a alma. Ainda se põe em dia a conversa sobre as diferenças com os pais, as chatices dos irmãos, sobre a música que está na “berra”, a escola e os cursos que se quer fazer. Falam sobre os países onde querem estudar. Parece-me que a maioria ainda prefere o Brasil, para ficar. Falam da moda, de festas, das férias que irão gozar...e claro aproveita-se para namoricar ao “soleil”. Melhor dizendo, já não se namora, o que está a dar é “curtição”. Mas, por outro lado fora do tempo de banho o que farão?

Quando há luz vão-se entretendo com a leitura, com a Internet e com os amigos. Quando não há luz, uns mais aplicados lêem à luz da vela já que os olhos sempre ajudam. Outros preferem apagar a vela e dormir até que se faça luz do dia ou eléctrica.

Dá que pensar, esta situação de corte de energia perante uma juventude irriquieta à espera das suas merecidas férias. Se por um lado é castrador, e lamentável por isso mesmo, as possibilidades de um Verão melhor que o anterior, também acredito que incute no espírito do jovem, mais disciplina, um maior sentido de cumprimento, derivado a horários que tendem a estabelecer-se, uma atitude mais responsável para com o que consome e tanto ele como a sociedade só têm a ganhar em matéria de qualidade. A nossa realidade me vem mostrando que há outra juventude que, não estudando, procura um emprego, e quando este não aparece, os desvios ao padrão social são mais frequentes. Sem luz, têm um ambiente propício para manifestações desordeiras. Já o era com luz, que dizer nestes tempos “escuros”.

A delinquência juvenil, a toxicodependência e o alcoolismo são com certeza problemas para que a segurança deve estar alerta e pronta para intervir no momento certo. Mas sabemos que em Cabo Verde uma das camadas mais populosas é a jovem, e o controlo da mesma é difícil. È este o nosso “calcanhar de Aquiles”, no que se refere aos jovens, pelo que tem que haver medidas políticas, a começar pelo emprego e o ensino no sentido de enquadrar esta “juventude perdida” que, de “férias” permanentes, semeia ociosidade e cria num meio sem luz, todos os cenários que incentivam distúrbios sociais. Não termino sem reforçar o apoio das associações juvenis para incentivar estes jovens na procura de um futuro “com luz”.